A Polícia Civil de Arapoti agiu rápido, esclareceu e prendeu na tarde de segunda-feira (11/06), um casal suspeito de estrangular Evander Soares da Silva, de 26 anos, na madrugada de sábado, (02/06).
Segundo a polícia, o rapaz de 22 anos e sua esposa, de 32, já estavam de malas prontas para fugir. O rapaz teria aplicado um golpe de “mata-leão” contra a vítima até que esta tivesse o pescoço quebrado.
Na primeira versão, os supostos autores disseram que a vítima teria passado mal depois de perceber que tinha perdido o aparelho celular, versão que foi confirmada pelas pessoas que estavam na festa, porém foi desmentida pelas próprias testemunhas durante o interrogatório.
“Depois de observarem o corpo, a equipe constatou que a vítima apresentava escoriações superficiais não suficientes para levá-la a óbito, no entanto, sinalizavam que algo além de uma simples queda tinha ocorrido. As condições das vestimentas da vítima e outros sinais particulares indicavam que a vitima tinha sido subjugado fisicamente por alguém”, explica o delegado Gumercindo Athayde, que cuida do caso.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal e confirmado que a linha de investigação inicial estava correta.
De fato a vítima tinha sido estrangulada, tendo inclusive as vértebras do pescoço quebradas.
A partir da confirmação pericial, o trabalho de investigação foi intensificado.
Em um dos depoimentos, uma pessoa próxima da mulher suspeita informou que ela havia admitido para a família que o marido teria aplicado o golpe e ela teria ajudado a sufocar a vítima.
Outro agravante é que o casal teria tentado dificultar a investigação da polícia. Dessa vez eles teriam ido até a casa de um vizinho próximo e ateado fogo em sua residência, alegando que o vizinho seria o responsável pelo sumiço do aparelho celular da vítima.
A intenção era que a polícia acreditasse na versão deles alegando que esse vizinho seria o responsável pelo homicídio e que a família da vítima teria ateado fogo na casa dele como vingança.
“A polícia já conhecendo essa possibilidade de dissimulação, localizou testemunhas que presenciaram a mulher ameaçando os vizinhos e determinando que eles deixassem suas casas, pois iam atear fogo em tudo.
Uma vizinha muito próxima não conseguiu sair em tempo com seus seis filhos e precisaram ser socorridos por outros moradores para não se tornarem vítimas do incêndio”, contou Athayde.
A investigação ainda teve informações de que o casal estava vendendo toda mudança para fugir da cidade, porém foram surpreendidos pela polícia que já estava com o pedido de prisão preventiva em mãos.
Na delegacia, eles ainda continuaram negando o crime.
Eles se encontram à disposição da Justiça e deverão responder pelos crimes de homicídio doloso qualificado e incêndio.
A polícia segue com as investigações.